O que aconteceu com você?
Vejo suas fotos e não te reconheço mais
Onde está aquele sorriso lindo?
Aquela voz estridente que tomava a sala, o quarto
Seus discursos calorosos, onde estão?
Luna, menina negra, cara de lua
cheia de fases e subterfúgios
Sua falta é quase um absurdo
Vivo num silêncio horrível depois que você se foi
Estou entre letras que leio e não compreendo
Entre pessoas desconhecidas,
Neste quarto opaco, vazio
Ninguém me aguenta mais
Ando sujo, mau humorado, cansado,
Sentado na sarjeta à sua espera
Choroso toda vez que falam de você
Ou vejo seu retrato na parede
Luna, traga teu afeto,
A doce inspiração que sinto em cada nota do seu perfume
Em cada detalhe, pose, suspiro
Volta, nem que seja para dizer
"Também estava com saudades"
Janaina Oliveira, tarde de 27/10/11
Aqui exponho meus pensamentos, anseios, insights. Fico mais perto das Letras, dos amigos, da Poesia, essa força intensa e imensa que move meu coração e motiva meus gestos. Salve a Poesia, santa Poesia.
quinta-feira, 27 de outubro de 2011
domingo, 16 de outubro de 2011
Ansiedade
Os dias passam devagar
As horas arrastam-se, e eu fico mais impaciente
Já fui a festas, celebrei 300 aniversários, 20 despedidas e 10 regressos
E nada de você chegar
Mandei fazer vatapá, cocada, comprei cachaça, botei toalha de linho na mesa
Rede na varanda, engomei meu vestido branco, chinelos no canto direito da porta.
Só de teimosia, sorrio, brinco, faço cantigas, trovas e rimas
Teço fios de lã, poesia e canção
As lágrimas, a ansiedade, os medos escondi na gaveta embaixo da cama
Para que lá se percam, do tempo, dos meus olhos, da minha alma.
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
De volta ao lar
Há meeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeses não veio aqui...Hj dei uma pausa. Só deixar umas letras. Tanta coisa aconteceu: férias, risos, festas, resenhas
O tempo resolveu conduzir a dança na veolcidade máxima, e preciso acompanhar se não eu danço, "ipsisliteralmente" (neologismo).
Mas confesso que minha vontade é de dar passos tímidos, longas pausas, saborear a última gota de vinho, o beijo da separação, desarrumar a cama, reduzir minhas vestes à trapos e retalhos, só de birra, só pra protestar, destilar minha rebeldia (mais que) passiva.
O tempo resolveu conduzir a dança na veolcidade máxima, e preciso acompanhar se não eu danço, "ipsisliteralmente" (neologismo).
Mas confesso que minha vontade é de dar passos tímidos, longas pausas, saborear a última gota de vinho, o beijo da separação, desarrumar a cama, reduzir minhas vestes à trapos e retalhos, só de birra, só pra protestar, destilar minha rebeldia (mais que) passiva.
quarta-feira, 8 de junho de 2011
A falta de tempo
Este elemento está tornando-se cada vez mais escasso na minha vida: O Tempo
Velho companheiro, primo-irmão da Solidão, tem como amigo em comum a Hora, doida, desvairada.
Cada dia que passa, sinto que tenho menos tempo para fazer as coisas que gosto, para estar com as pessoas que amo, e até mesmo para fazer aquilo que detesto... Talvez por este motivo, unicamente por isso, transito por corredores, avenidas e salas como se o mundo fosse acabar no dia seguinte. Aproveito intensamente cada segundo com colegas, amigos, desafetos, isso mesmo, meus "inimigos" também precisam da minha atenção,afinal eles precisam de notícias minhas em tempo real e manter a comunidade informada dos meus passos, tropeços e sobretudo, das quedas.
Desta forma, não tenho paciência para tolices, nem posso dar-me ao luxo de criar picuinhas e motins, a não ser que o motivo seja plausível. Se brigo com alguém, logo preciso criar uma estratégia de reconciliação, vai que a pessoa resolva ir embora deste mundo, e a minha consciência é que ficará pesada. Por isso estou mais disciplinada no falar, comedida no proceder. Gargalhadas, risos, abraços, beijos, resenhas, conselhos, conversas,vinho, Poesia, só estou autorizada a cometer estes "excessos" .
Estou por aqui, aproveitando a insônia para atualizar meu blog, faz tempo que não dou as caras por aqui.
Beijo grande!
Velho companheiro, primo-irmão da Solidão, tem como amigo em comum a Hora, doida, desvairada.
Cada dia que passa, sinto que tenho menos tempo para fazer as coisas que gosto, para estar com as pessoas que amo, e até mesmo para fazer aquilo que detesto... Talvez por este motivo, unicamente por isso, transito por corredores, avenidas e salas como se o mundo fosse acabar no dia seguinte. Aproveito intensamente cada segundo com colegas, amigos, desafetos, isso mesmo, meus "inimigos" também precisam da minha atenção,afinal eles precisam de notícias minhas em tempo real e manter a comunidade informada dos meus passos, tropeços e sobretudo, das quedas.
Desta forma, não tenho paciência para tolices, nem posso dar-me ao luxo de criar picuinhas e motins, a não ser que o motivo seja plausível. Se brigo com alguém, logo preciso criar uma estratégia de reconciliação, vai que a pessoa resolva ir embora deste mundo, e a minha consciência é que ficará pesada. Por isso estou mais disciplinada no falar, comedida no proceder. Gargalhadas, risos, abraços, beijos, resenhas, conselhos, conversas,vinho, Poesia, só estou autorizada a cometer estes "excessos" .
Estou por aqui, aproveitando a insônia para atualizar meu blog, faz tempo que não dou as caras por aqui.
Beijo grande!
terça-feira, 19 de abril de 2011
Descanso sabático
Estou reclusa esses dias. Em casa, mais precisamente no universo do meu quarto, tenho passado meu tempo, aproveitado para fazer uma faxina geral: contatos, e-mails, escritos, armários, gavetas reais e virtuais. Estou desencavando sonhos antigos, relendo cartas amorosas, furiosas, textos de despedida e manifestos de indignação.
Esta "arrumação" se fez urgente devido à bagunça que a minha vida se encontrava: excesso de informações, desencontro de ideias, o caos passou de "turista" para "imigrante", com direito à nacionalidade, vejam vocês... Dei um basta.
Hoje passei o dia em protesto. Não levantei da cama para nada mais urgente, a não ser para dar assistência às necessidades do meu corpo. Foi um protesto gostoso, que permitiu grandes reflexões e um exercício de "amor à primeira pessoa". Porque se não cuidar do meu "patrimônio", em pouco tempo ficarei apenas na lembrança, na frigidez de um sepulcro, e como quero viver muito, incomodar e amar muita gente...
Pois é, pessoas, vim rapidamente escrever umas linhas. Volto logo. Beijos a todos...
Esta "arrumação" se fez urgente devido à bagunça que a minha vida se encontrava: excesso de informações, desencontro de ideias, o caos passou de "turista" para "imigrante", com direito à nacionalidade, vejam vocês... Dei um basta.
Hoje passei o dia em protesto. Não levantei da cama para nada mais urgente, a não ser para dar assistência às necessidades do meu corpo. Foi um protesto gostoso, que permitiu grandes reflexões e um exercício de "amor à primeira pessoa". Porque se não cuidar do meu "patrimônio", em pouco tempo ficarei apenas na lembrança, na frigidez de um sepulcro, e como quero viver muito, incomodar e amar muita gente...
Pois é, pessoas, vim rapidamente escrever umas linhas. Volto logo. Beijos a todos...
domingo, 17 de abril de 2011
Do alto do meu observatório
Estes últimos dias tenho refletido sobre minha vida, ou melhor, sobre os caminhos que ela tem trilhado. Percebi que hoje sou mais alegre do que a um tempo pretérito. Não quer dizer que sou mais feliz hoje, felicidade é uma "arma quente", como diria o poeta Belchior, ou uma palavra "um tanto quanto perigosa" segundo Raulzito.
Mais feliz não estou, feliz eu sou, é um estado perene. O que mudou é que hoje estou consciente de quem sou no mundo, na família, na rodas de amigos e sobretudo, na sociedade, pois conheço os mecanismos necessários para manter-me bem fisica e emocionalmente. Descobri que não preciso agradar ninguém nem superar expectativas utópicas: sou livre para errar, amar, sentir, perceber, aceitar e até mesmo rejeitar o que não me faz bem ou entristece. E confesso, sofri muito por não saber destas pequenas coisas...
Posso dizer o que penso, ser Janaína com todas as virtudes, defeitos, oscilações de humor e timbre vocal. Posso adorar poesia, ser intelectual sem preocupar-me com críticas jocosas e rejeição.
Consigo ser normativa, linguístia, retórica, amante do amor e da discórdia
Barroca, Clássica, Modernista, Dadaísta, Gerativa, Prosa, Canção,
Romântica, política, religiosa, anárquica com todo excesso e escassez de criatividade
Intensa, rasa, profunda, superficial e até mesmo fútil
Posso desprezar tudo (que conheço) e abraçar o novo, o vindouro, o passado
Só não quero ser uma pessoa amarga, incapaz de amar, pensar, questionar, conhecer
Conjugar verbos, adjetivar coisas e pessoas, rir alto, chorar perdas e glórias, admirar, contemplar
E se este dia chegar, certamente estarei no meu sepulcro.
Mais feliz não estou, feliz eu sou, é um estado perene. O que mudou é que hoje estou consciente de quem sou no mundo, na família, na rodas de amigos e sobretudo, na sociedade, pois conheço os mecanismos necessários para manter-me bem fisica e emocionalmente. Descobri que não preciso agradar ninguém nem superar expectativas utópicas: sou livre para errar, amar, sentir, perceber, aceitar e até mesmo rejeitar o que não me faz bem ou entristece. E confesso, sofri muito por não saber destas pequenas coisas...
Posso dizer o que penso, ser Janaína com todas as virtudes, defeitos, oscilações de humor e timbre vocal. Posso adorar poesia, ser intelectual sem preocupar-me com críticas jocosas e rejeição.
Consigo ser normativa, linguístia, retórica, amante do amor e da discórdia
Barroca, Clássica, Modernista, Dadaísta, Gerativa, Prosa, Canção,
Romântica, política, religiosa, anárquica com todo excesso e escassez de criatividade
Intensa, rasa, profunda, superficial e até mesmo fútil
Posso desprezar tudo (que conheço) e abraçar o novo, o vindouro, o passado
Só não quero ser uma pessoa amarga, incapaz de amar, pensar, questionar, conhecer
Conjugar verbos, adjetivar coisas e pessoas, rir alto, chorar perdas e glórias, admirar, contemplar
E se este dia chegar, certamente estarei no meu sepulcro.
sexta-feira, 15 de abril de 2011
Reinvenção
Olá pessoas,
Mexendo e remexendo nos meus e-mails, senti "uma enorme necessidade" de excluir minha conta gmail, mas isto resultou numa consequência desstrosa: perdi meu amado blog janameninalua.blogspot.com .
Como na vida real, estou recomeçando, refazendo a casa. É a arte da reinvenção, que é tão gostosa por ser uma grande ensejo à criatividade e à resiliência (rs).
Vou recuperar meus textos, criar outros e assim a vida prossegue.
Beijo grande, e sigam-me, tá. O caminho é seguro, apesar de pedregoso!
Mexendo e remexendo nos meus e-mails, senti "uma enorme necessidade" de excluir minha conta gmail, mas isto resultou numa consequência desstrosa: perdi meu amado blog janameninalua.blogspot.com .
Como na vida real, estou recomeçando, refazendo a casa. É a arte da reinvenção, que é tão gostosa por ser uma grande ensejo à criatividade e à resiliência (rs).
Vou recuperar meus textos, criar outros e assim a vida prossegue.
Beijo grande, e sigam-me, tá. O caminho é seguro, apesar de pedregoso!
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