Bom dia Salvador.
Ando um pouco triste com você por conta das mazelas às quais se deixas submeter, pelos seus filhos que convivem com tantas faltas e reclames... Teus casarões a ruir, a violência que domina tuas ruas, a sujeira e escombros humanos depositados na sarjeta por conta de ingerência dos teus conselheiros e governantes.
Mesmo assim, continuo te amando, acreditand o que esta é uma má fase que atravessas. Porém, ainda vejo a beleza da tua Ondina, Amaralina, sigo passeando pela tua Suburbana, teu Pelourinho. Ainda moro na Ribeira, vou pro Campo Grande, pego a Carlos Gomes, a Lapa, a Barroquinha, minhas vias de acesso ao Convento da Lapa, um dos cenários das lutas pela tua independência. E a Lapinha? Liberdade, Curuzú, Largo do Tanque, São Caetano. A Estação Pirajá tão bem retratada pelo Poeta José Carlos Limeira e o que dizer de Castro Alves que tomou emprestado o corpo de Marcos Peralta?
Na Praça 2 de julho, que era o nome do nosso aeroporto, vejo símbolos de bravura e miscelânia cultural que atiçam minha baianidade. E te digo mais: tem uma galera doida pra ser soteropolitana: uns amazonenses, paulistas, pernambucanos, maranhenses, argentinos, sergipanos e os meus queridos cariocas que se rendem à tua Poesia, ao Olodum, ao batuque dos Browns e sua percussão contagiante e inconfundível.
Nas férias, fico louca pra pegar o avião e ganhar o mundo, mas basta ouvir a frase: " senhores passageiros com destino a Salvador...", ver suas fotos na internet, uma reportagem na TV ou contemplar tuas curvas durante um voo panorâmico que meus olhos ficam marejados...
Salvador, minha linda cidade, peço a Deus que te dê muitos anos de vida, teus governantes cuidem de ti, teus filhos vivam com dignidade, o amor, o sincretismo religioso e o respeito às diversidades sigam de mãos dadas. Que você continue fazendo parte da minha vida, sendo cenário da minha história, teus sons me inspirem e o "dendê" que corre nas minhas veias nunca se esgote!
Com carinho,
Jana Negra Luna
Ando um pouco triste com você por conta das mazelas às quais se deixas submeter, pelos seus filhos que convivem com tantas faltas e reclames... Teus casarões a ruir, a violência que domina tuas ruas, a sujeira e escombros humanos depositados na sarjeta por conta de ingerência dos teus conselheiros e governantes.
Mesmo assim, continuo te amando, acreditand o que esta é uma má fase que atravessas. Porém, ainda vejo a beleza da tua Ondina, Amaralina, sigo passeando pela tua Suburbana, teu Pelourinho. Ainda moro na Ribeira, vou pro Campo Grande, pego a Carlos Gomes, a Lapa, a Barroquinha, minhas vias de acesso ao Convento da Lapa, um dos cenários das lutas pela tua independência. E a Lapinha? Liberdade, Curuzú, Largo do Tanque, São Caetano. A Estação Pirajá tão bem retratada pelo Poeta José Carlos Limeira e o que dizer de Castro Alves que tomou emprestado o corpo de Marcos Peralta?
Na Praça 2 de julho, que era o nome do nosso aeroporto, vejo símbolos de bravura e miscelânia cultural que atiçam minha baianidade. E te digo mais: tem uma galera doida pra ser soteropolitana: uns amazonenses, paulistas, pernambucanos, maranhenses, argentinos, sergipanos e os meus queridos cariocas que se rendem à tua Poesia, ao Olodum, ao batuque dos Browns e sua percussão contagiante e inconfundível.
Nas férias, fico louca pra pegar o avião e ganhar o mundo, mas basta ouvir a frase: " senhores passageiros com destino a Salvador...", ver suas fotos na internet, uma reportagem na TV ou contemplar tuas curvas durante um voo panorâmico que meus olhos ficam marejados...
Salvador, minha linda cidade, peço a Deus que te dê muitos anos de vida, teus governantes cuidem de ti, teus filhos vivam com dignidade, o amor, o sincretismo religioso e o respeito às diversidades sigam de mãos dadas. Que você continue fazendo parte da minha vida, sendo cenário da minha história, teus sons me inspirem e o "dendê" que corre nas minhas veias nunca se esgote!
Com carinho,
Jana Negra Luna